História da região

História da região

Ribeirão da Ilha: onde história, cultura e natureza se encontram. Localizado na região sul de Florianópolis, oferece uma verdadeira imersão na cultura açoriana. Com uma culinária irresistível e paisagens naturais deslumbrantes, a região encanta visitantes de todos os lugares. A Rota das Ostras surgiu para valorizar ainda mais esse patrimônio cultural, gastronômico e histórico.

Rua do Ribeirão da Ilha com casas típicas açorianas, coloridas,

O Ribeirão da Ilha é um dos bairros mais tradicionais e encantadores da cidade. Rico em história, cultura e gastronomia, é um dos maiores expoentes da cultura açoriana no Brasil.  A cultura açoriana é o conjunto de tradições, crenças, artes e costumes trazidos pelos colonizadores das Ilhas dos Açores, em Portugal, e essa influência é evidente na arquitetura, na gastronomia e nas tradições do lugar.

Foi um dos primeiros pontos de desembarque das expedições europeias em Santa Catarina, por volta de 1506. No entanto, a colonização efetiva ocorreu entre 1748 e 1756, quando cerca de 50 casais açorianos chegaram à região. Nessa época, iniciou-se a construção da Capela de Nossa Senhora da Lapa, hoje conhecida como Igreja de Nossa Senhora da Lapa do Ribeirão — uma charmosa edificação em pedra que permanece como símbolo do bairro.

Atualmente, o Ribeirão é reconhecido como o maior polo de produção de ostras do país. A tradição da maricultura passa de geração para geração, e as águas calmas e ricas em nutrientes da região favorecem o cultivo de moluscos de alta qualidade. Essa vocação é celebrada nos restaurantes locais, que servem frutos do mar frescos preparados com receitas tradicionais, tornando a gastronomia uma das grandes atrações do bairro.

O local também é conhecido por suas lojas de artesanato, onde você pode encontrar lembranças únicas, como cerâmicas, rendas e objetos de decoração feitos à mão, que refletem a rica tradição da região.

Outro ponto turístico é o Ecomuseu do Ribeirão da Ilha, localizado em uma antiga propriedade rural. O espaço preserva um acervo com mais de mil objetos históricos da época da colonização, como um moinho de pedra de basalto, lavas vulcânicas dos Açores, um presépio artesanal de 1813 e um oratório trazido pelo primeiro morador da casa, o açoriano José Lino Vieira, vindo da Ilha do Pico.

Localizado a cerca de 22 km do centro de Florianópolis, o bairro pode ser acessado facilmente, seguindo em direção ao Campeche e acompanhando a sinalização até o Ribeirão da Ilha.

Em resumo, esse lugar é um verdadeiro tesouro cultural, onde passado e presente se entrelaçam em uma experiência única. Um local que encanta pela sua beleza, história e pela calorosa hospitalidade de sua gente.

A História da Ostra no Brasil

Você sabia que o Brasil tem se destacado cada vez mais na produção de ostras? Embora o consumo desse molusco ainda não seja uma tradição em muitas regiões do país, o cultivo vem crescendo de forma expressiva — e Santa Catarina é o grande protagonista dessa trajetória.

Atualmente, mais de 90% da produção nacional de ostras se concentra nesse estado, especialmente nas fazendas marinhas localizadas na ilha de Florianópolis. A combinação entre águas limpas, infraestrutura adequada e conhecimento técnico dos produtores transformou a região em um verdadeiro polo da ostreicultura no Brasil.

Entre as espécies cultivadas, a que mais se destaca é a Crassostrea gigas, conhecida como ostra-do-pacífico. Apesar de ser uma espécie exótica, ela é a favorita tanto no Brasil quanto em diversos outros países, graças ao seu sabor e ao alto valor comercial. Curiosamente, o país também abriga ostras nativas de excelente qualidade, que ainda são pouco exploradas comercialmente, mas possuem grande potencial.

O cultivo de ostras é um processo que exige técnica, paciência e muito cuidado. A reprodução ocorre em laboratórios, durante períodos específicos do ano, enquanto o cultivo nas fazendas acontece de forma contínua. O clima tem grande influência nesse processo: durante o verão, as ostras crescem mais lentamente e a taxa de mortalidade é maior; já no inverno, o desenvolvimento é mais acelerado e as perdas são menores.

No Brasil, o tempo médio para uma ostra atingir o tamanho ideal para o consumo é de cerca de oito meses. No entanto, esse prazo pode variar bastante. Com um manejo eficiente, alguns produtores conseguem realizar a colheita em apenas quatro ou cinco meses, enquanto outros lotes podem levar mais de um ano para atingir o ponto ideal.

A história da ostra no Brasil ainda está sendo escrita, mas já é marcada por inovação, sustentabilidade e muito sabor. Seja servida fresca, gratinada ou em preparos sofisticados, a ostra vem conquistando um espaço importante na gastronomia brasileira — e no paladar de quem aprecia os frutos do mar.